quinta-feira, 25 de junho de 2009

Boa sorte




Dizem que os romanos comemoram no dia 24 de junho o dia da deusa da sorte.




Não sei se coincidência ou não,mas encontrei ontem um poema que fiz há algum tempo sobre isso.Espero que gostem e que traga boa sorte pra todos nós!








CHEGA DE LEVE

E NOS BEIJA A FRONTE

BRINCA SUAVE,

UM RISO NA FACE,

MULHER CAPRICHOSA

DANÇA FACEIRA

ESPALHA OS CABELOS

ATIRA O VÉU...

TRÁS PRESENTES DE SOL E DE LUA

TEM NAS MÃOS AS ESTRELAS

DE PRATA TÃO PURA...

FADA MADRINHA

ME VESTE PRO BAILE

ME CALÇA OS SAPATOS

DE PURO CRISTAL.

LEVA-ME AO PRÍNCIPE

LEVA-ME AO PALÁCIO

DO TESOURO MATERIAL.

APRESENTE-ME AO NIRVANA

PRA QUE EU COLHA E ESPALHE

OS DONS CELESTIAIS.

DANÇA COMIGO A DANÇA DOS DEUSES

DOS AGRACIADOS

COM ESPERANÇA E AMOR

E A TI MENSAGEIRA

ANJO DA BOA SORTE

SEREI SEMPRE GRATA

TE ACOLHEREI EM MEU PEITO

PRESENTE SAGRADO

POR DEUS ENVIADO

A QUEM TODA ME DEVOTO.

TRAGA A MIM SABEDORIA

PRA ESPALHAR PELOS MEUS DIAS

E UM AMOR ETERNO DE FATO.

E SE PECADO NAO FOR

AINDA OUSO PEDIR

COM REAL CLAMOR

SEJAM TODOS OS HOMENS

PEQUENOS OU GRANDES

FORTES OU FRACOS

IGUAIS PERANTE O TE FAVOR...















terça-feira, 16 de junho de 2009

Lá fora


Que há la fora hoje que me encante
E torne minha manhã possível
E passível de deslumbramento?

Que coisa há concreta e visível
Que me proporcione bons momentos?

Abro a janela e nada vejo
Tudo repousa absolutamente igual

E adio a grandeza que almejo
Para um amanhã novo e fatal.

Todos os dias repito a tarefa
De buscar além do horizonte
Qualquer coisa que me valha o ontem.

Vou matando assim as madrugadas
As tardes e noites passadas
E ansiando um futuro que não tarda.

Que há lá fora hoje que me encontre?

(Edilene Santos-Caçando Estrelas)








quarta-feira, 10 de junho de 2009

Saudade

A saudade é a cortina improvisada com um cobertor azul
só pra sentir o suor do teu corpo
sob o baque solto
do meu maracatú


Daniel Alexandrino

Chuva

Lá fora uma chuva fina desabou a chorar.
Por trás da vidraça ,eu,olhos fixos vidrados.
Um colibri voou rápido e procurou abrigo,
Pairei os olhos no ar.
Um vento leve balançou os galhos,
Meu coração trancado,sem ar.
Chuva,vento,pássaros e folhas
Brincam com força a me desafiar
Com raiva fechei a janela
Apaguei as luzes e as vozes
Só vou sair, quando a chuva passar.

(Edilene Santos)


terça-feira, 9 de junho de 2009

A casa

A casa é o espaço pra acolher,proteger,pra se resguardar...é também o espaço que gostamos de dividir com os amigos, com aqueles a quem queremos bem.
Símbolo do nosso espaço pessoal,da nossa psique, no mundo dos sonhos.
E quanta gente não anda por aí a sonhar com uma simples casa real de alvenaria,de chão batido, de janelas e portas simples pra se abrigar e abrigar os seus...


Esse pequenino texto escrevi há muitos anos,e fala desse espaço tão sagrado e querido.

Minha casa não era nem branca nem florida,tampouco ao Leste voltavam-se as sua janelas...mas na poesia de minha infância,corria a dar voltas no quintal,saudando o sol que nascia por detrás dela...

sábado, 6 de junho de 2009

ULtima Poesia Humana



Um beija-flor pousou na antena
E beijou as próprias penas
Aspirando uma flor que não havia.

O canto do galo ecoou distante
E eu acho que ele sabia...
E temeu o amanhã seguinte
Que não mais anunciaria

Uma última pétala esquecida
Cobriu o último dos mortais
E ela mesma embevecida
Plantou-se pra nunca mais...


Veio o silêncio e a escuridão
Numa saudade infinita
Que se espalhou pelo Universo

Veio a tristeza na amplidão
De tantas galáxias bonitas
Espalhadas por mundos diversos,

E assistiram à calmaria que se instalava
Ante as lágrimas de um olhar perplexo...

(Edilene Santos)









sexta-feira, 5 de junho de 2009


Bom dia!Lindo e frio dia.

Não dá pra começar a escrever hoje sem falar da noite de ontem:
Maravilhoso o I Encontro Poético Saraus literários lá no memorial da América Latina.

Confesso que me perdi um pouco até achar o tal do portão seis(tudo bem eu não tenho bom senso de direção mesmo),mas consegui chegar e assistir a um excelente debate.

Frederico Barbosa,Sergio Vaz,Antonio Vicente Seraphim Pietroforte,Sacolinha,Rui Mascarenhas, compunham a mesa de debate.

Cada um deles falou de suas experiências e aspirações como escritores.E contou um pouco do caminho da pedras até a publicação de um livro para quem está começando.

Na platéia gente bonita de todos os cantos de São paulo.Representantes e participantes dos diversos saraus que se espalham pela cidade,mais alunos e professores da Uni Nove.
Debate lindo,inteligente(parecia programa do Jô,só que sem o Jô)rs

Não posso deixar de mencionar aqui a manifestação de amor e carinho ao nosso amigo Sérgio Vaz.Aplaudido ,merecidamente, de pé por seu carisma, simplicidade e porque sabe, como ninguém dar o recado do povo.

Muito se deve a ele quando se fala em saraus pela periferia.Foi um dos precursores,um dos que acreditou que a periferia também tem carência de livros, e de poesia.Nos mostra que mudar é possível com um pouco de boa vontade e atitude.

Saudações poéticas!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Da periferia para o mundo!

Faz um frio terrível esta manhã.Ao menos para mim que não suporto baixas temperaturas.Nunca entendi direito essas pessoas que pagam uma fortuna pra ver neve...brrr
Apesar do frio intenso espero que amanhã seja um dia,ou melhor uma noite, de acaloradas participações poéticas em São Paulo.
Vai acontecer no Memorial da América Latina o I ENCONTRO COM A POESIA URBANA: SARAUS LITERÁRIOS – DA PERIFERIA PARA O CENTRO.
A idéia é levar para o centro pessoas ligadas aos numerosos saraus que se espalham pela cidade de São Paulo,mais precisamente nas áreas de periferia.
As vezes acho estranho definir qualquer de minhas criações ou de quem quer que seja como literatura da periferia.Talvez porque imagino a literatura e principalmente a Poesia como algo acima de qualquer fronteira ou barreira geográfica.No entanto é inegável que a periferia possui identidade,cultura e linguagem própria e que de alguma maneira tudo isso sempre estará refletido na literatura dos escritores considerados"periféricos".
A aproximação maior desses saraus e desses movimentos literários me fizeram enxergar melhor alguma questões.
Sabemos que a Língua é uma Instituição e que toda instituição,dentro do capitalismo, funciona como divisora de classes. Logo, quando a periferia encontra espaços para refletir,produzir textos e criar espaços para verbalizar,expressar-se poeticamente,ela cobra a parte que lhe cabe e o reconhecimento como participante dessa instituição, diminuindo assim um pouquinho dessas margens.
Há muito que presto atenção às sábias palavras do povo que circulam por aí.
De repente fica claro pra mim que "é nois na fita" significa que o "povo lindo, povo inteligente",como diz Sérgio Vaz, também se vê e se sente nas telas,na mídia,ocupando seu espaço.
De repente fica claro também que "é tudo nosso e se não for nóis toma", não siginfica violência, revolução armada mas armar-se de argumentos e de idéias pra impor nosso jeito de falar e tomar nossos acentos, se não nas cadeiras dos imortais, ao menos no reconhecimento de que toda linguagem é nobre.
E não pára por aí não: não são só os periféricos que descobriram e estão demarcando nossa língua, são os índios,os sertanejos, os caipiras,os tupiniquins, sim, com muito orgulho e sem papas na língua!Doa a quem doer.
Quer saber mais,discutir,entender?Vai lá pra ver.Tá feito o convite.


I ENCONTRO COM A POESIA URBANA: SARAUS LITERÁRIOS – DA PERIFERIA PARA O CENTRO
Tem como objetivo conhecer a produção de saraus organizados em vários pontos da cidade de São Paulo e discutir a importância da manifestação dos artistas da periferia, mostrando que ela tem voz e que essa voz também é poética. Para conhecê-la e reconhecê-la como uma autêntica manifestação literária nacional, é preciso não apenas ir à periferia, mas também trazer a periferia par o centro.
PROGRAMAÇÃO -Dia 4 de junho (quinta-feira), das 19h30 às 22hMemorial da América Latina - Biblioteca Latino-Americana Victor CivitaEntrada pelo portão 6

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Debates e discussões

Ontem foi um domingo diferente.A turma lá do sarau da Ademar se juntou para a costumeira reunião e depois assistimos ao filme Quanto vale, ou é por quilo?
Logo após fizemos um amplo debate para discutirmos algumas questões relevantes como as relações de poder em nossa sociedade, o assistencialismo, o papel das ongs, o marketing a serviço do pensamento capital,etc.
Muito bom,muito enriquecedor e eu acho que todos devem ver.Hoje porém, passado o efeito inicial e o impacto primeiro do filme eu acordei me perguntando, numa sociedade onde tudo e todos parecem ter um objetivo final,um objetivo por trás do objetivo,qual será o interesse escondido aí?
Quantas vezes a gente lê um artigo,vê um filme,uma exposição,assiste a tv,sei lá, e não faz um julgamneto mais crítico e acaba "comprando" a idéia que nos foi passada inquestionavelmente como verdade absoluta.
Não é uma tarefa das mais fáceis num mundo com tanta informação, mas vale a pena tentar...

Mulher

Mulher... Tens sete sentidos São sete chaves do poder. Mulher Mística flor, Pétala serena, De uma árvore suprema, Indecifrável mis...