quinta-feira, 2 de julho de 2009

Bar e poesia


No princípio eram apenas bares comuns...até que um dia...ou melhor, numa noite; dessas noites especiais em que notívagos,vagabundos, poetas e loucos, contemplam estrelas e sonham com a ínfima possibilidade de magia e transformação;ela surgiu:


Veio com seu gingado de samba

com um jeito leve e travesso

atravessou a rua e adentrou o bar.

Sem fita...sem pompa...

Foi logo descendo do salto,

dispensando seus arautos...


Andava meio entediada

de bailar pelos salões antigos,

de viver eternamente de castigo

nos museus e relíquias do passado...


Ela, a flor mais bela

a deusa,a musa,a mulher

chamem-na como quiser:

A Poesia em carne e osso!


Brincou com os copos

acendeu um cigarro

Roubou um sorriso

deu mais um trago.


Ganhou os meninos do rap

do rock,do pop, do soul

ganhou beijos e afagos

chorou com gosto amargo

gostou dos aplauso...e ficou...


E gostou de ser humana

e de ouvir das bocas simples

histórias dos becos e das quebradas

de vilas,de maravilhas

de gente apaixonada...


Desde então ela passeia

sem cerimônia alguma

pelas noites paulistanas.


Não tentem aprisioná-la:

ela é senhora

e soberana.


Não pertence a ninguém

não se dobra, não se vende

mas se rende faceira

a todo aquele que queira

sonhar com um mundo melhor.


De palavras e atitudes

de poetas e alaúdes

De riso e choro em prol do amor...



(Edilene Santos)


*Minha homenagem e gratidão a todos os que amam,divulgam e promovem a Poesia.






4 comentários:

  1. Daniel.Já corrigi,colocando o nome do autor(eu mesma rs)
    Obrigada pela observação
    beijoss

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  2. Este poema é lindo ! Traduz com doçura os entreveros que a poesia passou pra chegar a periferia . Perfeito !
    Um beijo Edilene !

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